Pesquisando na internet encontrei uma matéria da tribuna do norte do ano de 2007, que fazia alusão ao aniversário da tragedia do baldo. Acidente que matou 19 pessoas e deixou outras 12 gravemente feridas, durante a passagem do bloco carnavalesco puxa-saco. Esse acidente marcou o fim de uma era de ouro do carnaval de rua de natal, em um excelente trabalho da tribuna do norte a matéria retrata o trágico acidente e suas implicações nas vidas de vitimas e familiares e o não punimento do principal acusado que estava foragido até o ano de 2007 e deve continuar foragido até hoje.
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ACUSADO - Aluisio Farias Batista estava foragido até o ano de 2007 e deve continuar foragido até os dias de hoje. |
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o carnavalesco Dickson Medeiros, diretor do bloco na época, afirmou que aquela seria a primeira vez que o bloco clubista saia às ruas, pois a cidade estava passando por um período de transformação e se o acidente não tivesse acontecido, hoje em dia, o carnaval da cidade estaria na “crista da onda”. Ao avaliar o acidente, Dickson observou que vários fatores contribuíram para que a tragédia ocorresse como a falta de iluminação, a falta de policiamento ao longo do percurso, além da sobrecarga do motorista.
De acordo com o advogado Murilo Barros Júnior, um dos sobreviventes da tragédia, no momento do acidente, a banda tocava a música “Super Fantástico”, da turma do Balão Mágico, um momento que ele jamais esqueceu. Segundo Murilo, quando o ônibus o atropelou já estava sem força, pois já era o início da subida da ladeira da avenida Rio Branco. Mesmo assim ele ainda foi jogado contra o chão onde bateu a cabeça e desmaiou. Por causa do impacto ele quebrou o braço e teve algumas escoriações.
Ao se reconstituir a história do acidente constatou-se que no dia do acidente, o motorista Aluísio Farias Batista havia sido informado pela empresa de ônibus onde trabalhava que deveria permanecer além do expediente para transportar membros da escola de samba Malandros do Morro que iriam do Alecrim para as Rocas.
Segundo relatos de testemunhas, na madrugada do dia 25 de fevereiro de 1984, Aluísio já irritado com o comunicado da empresa ficou ainda mais raivoso com a euforia dos sambistas dentro do ônibus e, como reação, o motorista passou a dirigir com excesso de velocidade.
O resultado da imprudência foi a colisão com um Fusca que estava parado próximo ao Baldo. A batida acabou por desgovernar o ônibus que terminou por atropelar uma banda de música e o bloco carnavalesco Puxa-Saco, que desfilava na rua. Como saldo do atropelamento morreram 19 pessoas e outras 12 ficaram gravemente feridas. Aluísio Farias Batista, que já tinha sido condenado por outro atropelamento, fugiu imediatamente do local e continua foragido até hoje.
De acordo com o promotor de justiça Augusto Flávio de Azevedo, apesar do crime ter ocorrido há 23 anos, ainda não prescreveu - embora o tempo máximo para prescrição seja de 20 anos - pois no fim da década de 90 foi expedida uma Sentença de Pronúncia onde o juiz encaminhou o réu ao júri por motivo de crime doloso. “O processo está pronto e acabado restando apenas o réu ser encaminhado ao júri”, finalizou Augusto Flávio.
Fonte tribuna do norte.
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