terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mochila com cabeça de marido de policial de UPP é deixada em frente à casa da família, diz PM

Uma mochila com a cabeça de um homem que era marido de uma soldado da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro de São Carlos, na Zona Norte do Rio, foi deixada na porta da casa da família, em Realengo, na Zona Oeste da cidade, na madrugada desta terça-feira. A vítima foi identificada como João Rodrigo Silva Santos, de 35 anos. A informação sobre o assassinato é de policiais militares do 14º BPM (Bangu). Eles ficaram no local até a chegada de uma equipe da Divisão de Homicídios (DH). A cabeça foi levada num rabecão para o Instituto Médico-Legal (IML).A mochila foi encontrada por parentes da vítima - que era comerciante - quando saíam de casa para trabalhar. A área foi logo isolada. As motivações do crime ainda são desconhecidas. Policiais do batalhão de Bangu fazem buscas na região à procura do corpo de João Rodrigo. Eles não descartam a hipótese de o crime ter sido praticado por traficantes de drogas.

Sequestro antes de morte
 Segundo Afonso Silva, irmão da soldado Geísa Silva, de 31 anos, João Rodrigo estava desaparecido desde a noite de segunda-feira. Ele foi sequestrado quando fechava sua loja de suplementos alimentares, também em Realengo. O carro dele, um Hyundai i30, foi levado pelos bandidos e ainda está desaparecido. Ao ver que o marido demorava para chegar em casa e sem conseguir contato com ele, Geísa ligou para o 14º BPM às 21h. Uma hora depois, procurou a 33ª DP (Realengo) para registrar o desaparecimento de João. Afonso contou que o casal estava junto havia 11 anos. - Nós agora só queremos saber onde está o corpo do meu cunhado. Não temos ideia do que motivou o assassinato. Queremos Justiça e também que Realengo melhore. A região está muito violenta - disse Afonso. Ele contou que João já foi jogador de futebol.

A carreira durou nove anos - entre 1996 e 2005 -, durante os quais marcou 33 gols em 103 partidas. O comerciante era atacante, conhecido pelo apelido de Herói Humilde, e passou pelo Bangu, Madureira, Boavista, Volta Redonda, Tigres, Duque de Caxias, Olaria e Bonsucesso - times que disputam o Campeonato Carioca. Ele também jogou no paraense Remo, no Botafogo de Brasília e ainda em clubes fora do Brasil - o Oster, da Suécia, e o Olimpia, de Honduras. João deixou o esporte para se dedicar ao comércio.Vizinhos que moram em frente à casa da PM contaram que ouviram a mulher gritando, por volta das 5h30m: "Meu Deus, é o João! É a cabeça do João!". - Era um casal feliz, uma família tranquila. Não dá para saber o que pode ter motivado um crime estúpido como esse - disse um vizinho, que pediu para não ser identificado. Policiais da Corregedoria da PM foram à casa da soldado para conversar com ela. A policial está na DH para prestar depoimento.

Criminosos conheciam a rotina da família, diz polícia 

Chefe de investigação da DH, Rafael Rangel contou que João foi rendido na porta de sua loja por dois homens, um deles armado, às 19h45m. Um terceiro ficou na cobertura, em outro carro - possivelmente um Astra. Os bandidos colocaram o comerciante no banco do carona de seu carro e seguiram com ele. A movimentação foi flagrada por uma câmera instalada na rua. A polícia analisa as imagens. Ainda de acordo com Rafael, os bandidos conheciam a rotina da família. Os investigadores já sabem que João não tinha passagens pela polícia e o motivo do crime continua desconhecido. - Nâo há dúvida de que foi uma execução. Nada é descartado. Aguardamos os laudos da perícia feita no local (onde a cabeça foi encontrada) e também do IML. Pedimos que - disse o chefe de investigação. Em depoimento, a soldado Geísa disse que o casal não sofria ameaças. Ela continua sendo ouvida.

Vereador Eudócio Mota, Luta para que acompanhante de pessoas com necessidades especias tenha direto a gratuidade nos transportes públicos do município.

Vereador Eudócio Mota, Luta para que acompanhante de pessoas com necessidades especias tenha direto a gratuidade nos transportes públicos do município.

O vereador do PROS Eudócio Mota, entrou com o projeto de lei nº 37 com a finalidade de instituir a gratuidade, para acompanhante de portadores de deficiência, física, mental, auditiva e visual, que tenha renda de ate um salario mínimo. A proposição do vereador vem em encontro ao grande numero de pessoas carentes que necessitam de se locomover, sem as condições de transitarem sem um acompanhante, tudo isto com base em estudo realizado pela sua assessoria parlamentar que tem dados comprobatórios.
Ainda com base no exposto é muito grande em nosso município, a quantidade de pessoas que recorrem aos carros de amigos e familiares para serem transportados para médicos, e outras instituições, do convívio dos portadores de deficiência, sendo que com a provação do citado projeto, amenizará a carga financeira das pessoas que já tem seus orçamentos familiares tão apertados.

O parlamentar apresentou para apreciação da mesa diretora da câmara, a seguinte justificativa para aprovação de seu projeto:


“Sabendo que atualmente existem milhares” de pessoas portadoras de necessidades especiais, que não conseguem exprimir sua vontade, e ainda outros milhares que como aquelas são impedidas de usufrutuarem dos mais básicos direitos que lhes asseguram a constituição brasileira, dentre os quais o direito de “ir e vir” pelo fato de seus acompanhantes não poderem arcar com os custos do transporte coletivo.
Considerando ainda que o transporte público é um direito essencial previsto no artigo 30, inciso V da constituição federal de 1988, do qual se fala de competência do município em “organizar e prestar, diretamente ou sobre regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo que tem caráter essencial”.

CONHEÇA A IDOSA QUE MORA HÁ 10 ANOS EM UMA ÁRVORE.

      Uma rede, livros, sacolas com roupas e uma garrafa pet com água na temperatura ambiente. Assim é a ‘casa’ na árvore em que a idosa Rosilene Moraes Costa, de 63 anos, mora há dez anos.

O abrigo, construído com pedaços de madeira amarrados uns aos outros e coberto com uma lona, fica às margens do igarapé Caxangá, no bairro Caetano Filho, Centro de Boa Vista. Ao ser questionada sobre o motivo pelo qual foi morar sobre uma árvore ela, que não tem filhos e nunca foi casada, explica que gosta de ficar sozinha e da liberdade. De acordo com Rosilene, antes de construir a ‘casa’ na árvore, ela morava no município de Pacaraima, região Norte do estado. A decisão de viver em Boa Vista surgiu da vontade de estudar. “Aqui consegui terminar o ensino médio. Não sou analfabeta”, ressaltou ela, orgulhosa ao demonstrar que a escolha de morar na árvore não está relacionada à falta de conhecimento. Ela disse que conhece os direitos que têm como idosa, incluindo ter uma moradia e condições básicas de saúde. No entanto, nos dez anos em que vive na árvore nunca teve acesso a eles. “Já fui atrás, não adianta. O estatuto diz que o estado deve proteger os idosos. Mas, até agora, não tive nenhuma proteção. Nem aposentada sou. Me acomodei com essa situação. Mas, morar aqui não significa que não tenho nada. Tenho uma vida”, considerou.
Rosilene Costa saindo da 'casa' na árvore (Foto: Valéria Oliveira/ G1) Para se alimentar, ela diz que recebe ajuda dos moradores do bairro. Algumas vezes, pede ajuda na rua. Rosilene faz a higiene pessoal em um banheiro de uma loja que fica no centro comercial de Boa Vista. A idosa diz que não tem medo de morar sozinha e que não sente falta de serviços como água encanada ou energia elétrica. “A dignidade é algo que não nos compram. Não tenho condições de pagar um lugar para morar e também não vou sair por aí ‘sujando’ meu nome, devendo às pessoas. Tenho respeito”, ressaltou. Apaixonada por ciências, Rosilene coleciona vários livros de biologia e anatomia, e diz que ama estudar o corpo humano. Segundo ela, essa é uma forma de se conhecer e saber um pouco sobre as doenças. “Sei de cada parte do corpo. Faço uma massagem relaxante como ninguém”, disse. Rosilene Costa estuda diariamente anatomia (Foto: Valéria Oliveira/G1) Sua maior preocupação é alimentar os camaleões e os jacarés todos os dias. “Eles são muito meus ‘amigos’. O maiorzinho sempre ajuda o menorzinho e é assim que eu vivo: ajudando os animais que precisam de mim. É bonito ver eles me ‘chamando’, ‘pedindo’ comida”, disse ela, ao lembrar que todos os dias à tarde os camaleões aparecem na sua ‘casa’ para comer as frutas que ela consegue na rua. Questionada sobre a possibilidade de deixar o local, ela disse que não descartaria a possibilidade. Rosilene afirma que tem uma vida tranquila e não teme nada. O maior desejo, segundo ela, era que fosse feita uma limpeza no local onde mora, pois há muito lixo acumulado nos arredores de sua ‘casa’. “O povo joga muito lixo. Queria que a prefeitura limpasse aqui e que os vizinhos não sujassem mais a área. Aparecem muitas moscas, sem contar que polui o igarapé. Não reclamo de nada”, acrescentou Rosilene em meio à simplicidade que ela vive.