quarta-feira, 18 de abril de 2012

IRMÃ DE RAFAEL PEPO MORTO EM SANTA CRUZ, DIZ QUE MORTE DO IRMÃO SERVIRÁ DE EXEMPLO PARA OUTROS JOVENS .


Um jovem de classe média, universitário, boa aparência e que frequentava os melhores ambientes da capital. Era assim que todos viam o estudante de direito Rafael Lima do Nascimento, 28 anos. O rapaz era amado por todos os amigos, mas mantinha uma vida secreta e paralela. A juventude cercada de atenção e cuidados dos pais acabou tomando um outro rumo. Uma estrada sinuosa e com um destino certo: a morte.

RAFAEL PÊPO, como era mais conhecido, envolveu-se ainda cedo com algumas amizades que o levaram a cometer pequenos delitos. Em pouco tempo passou a ser alvo da polícia em várias ocasiões. Crimes de assaltos, sequestros relâmpagos e arrombamentos de caixas eletrônicos eram atribuídos a ele. Rafael fazia exatamente aquilo que não precisava fazer.

Por outro lado, a família do rapaz tentava de todas as formas afastá-lo do mundo do crime. Os encontros com os pais e com a irmã, Rafaela Lima, eram sempre marcados por conselhos, promessas de mudança e, principalmente, por chances de abandonar de vez o que fazia.

"Nós fazíamos de tudo. Meus pais deram de tudo para ele largar essas coisas. Até a faculdade de Direito que ele tanto queria. O meu irmão não era uma pessoa do mal, ele tinha suas falhas, mas não queria o mal de ninguém. A morte dele serve de alerta para a juventude de hoje", desabafou Rafaela, em entrevista .

Rafael Pêpo foi morto durante uma perseguição policial na cidade de Santa Cruz, região do Trairí potiguar.

Apesar de reconhecer a legitimidade da vida pregressa de Rafael, a irmã dele prefere aceitar o final trágico do jovem de uma forma menos dolorosa. Segundo ela, daqui pra frente a família irá se dedicar a trabalhos de orientação para jovens em escolas e grupos religiosos. "Temos que usar para algum fim o que de alguma forma a vida nos ensinou ao longo desses anos, para que pessoas como Rafael não tenham o mesmo fim que ele teve", comentou.