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RIO - Ídolo brega, pop, cult, Reginaldo Rossi conquistou o Brasil com o carisma e letras que falavam a linguagem do povo. A morte do cantor pernambucano, nesta sexta-feira, teve grande repercussão, com artistas homenageando o ídolo.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que chegou a visitar o cantor no hospital, divulgou nota oficial decretando luto de três dias: "Estamos todos tocados pelo desaparecimento do cantor Reginaldo Rossi. Uma pessoa que cantou a beleza do nosso Estado, que fez muito pela cultura pernambucana. Decretamos luto oficial de três dias para que possamos prestar homenagem a um filho do povo, um ser humano de coração extraordinário. Em meu nome, de minha família e do Estado de Pernambuco, expresso o pesar para seus familiares e amigos".
Leia abaixo outras mensagens:
Lenine, músico, por telefone: Morre uma das vozes mais populares do Nordeste. Nenhum outro cantor do Brasil conseguiu ser tão autêntico e desbocado quanto Reginaldo Rossi.
Karina Buhr, cantora:
Paulo Cesar Araújo, autor de "Eu não sou cachorro não", por telefone: "Reginaldo faz parte daquela turma do estilo musical brega que surgiu sob a influência da Jovem Guarda, muito inspirados por Roberto Carlos. Enquanto Waldick Soriano, por exemplo, trazia uma influência mais latina. Os primeiros discos de Reginaldo, inclusive, trazem referências ao estilo Jovem Guarda, até que durante os anos 1970 a porção romântica e brega é assumida. É aí que ele estoura, principalmente através de "Mon amour, meu bem, ma femme", que foi um grande sucesso. O curioso e o diferencial da postura de Reginaldo é que ele assume o brega como estilo, como substantivo e não adjetivo, sem qualquer preconceito, e ajudando a quebrar os preconceitos que existiam. Ao contrário de outros artistas que se sentiam ofendidos em serem chamados de brega, como o Amado Batista, por exemplo, que briga contra a palavra.
Durante os anos 1980, por conta de todo o estouro do rock nacional, o brega ficou um tanto obscurecido, até que Reginaldo é novamente o responsável pelo ressurgimento do brega com a sua gravação para "Garçom", uma canção que ele havia gravado em 1987, mas que só estourou quase dez anos depois. É nos anos 1990 que Reginaldo ocupa o trono do brega, que estava vago desde a saída de cena de Waldick Soriano. Ele, inclusive, intitula um de seus discos como "O Rei do brega". Então ele toma isso para si, esse ícone brega exagerado, que se derrama no palco. Se hoje vemos Gaby Amarantos assumindo o brega como estilo é porque Reginaldo abriu essa possibilidade".
Tati Quebra-Barraco, cantora:Lirinha, músico, por telefone: "É um dia de muita tristeza para todos nós que trabalhamos com música e que viemos de Pernambuco. O Reginaldo representa muitas conquistas, conseguiu difundir nacionalmente o seu trabalho, uma música muito própria, muito particular, com muitas referências à região em que ele nasceu e cresceu. E ele conseguiu espalhar essa música pelo país. A música dele tinha muita ligação com a alegria, mas hoje eu acordei triste".
Otto, músico, pelo Facebook: Hoje Pernambuco chora. E junto com ele muita gente no Brasil . Hoje perdemos REGINALDO ROSSI um dos maiores cantores que vi cantar na vida. O homem que me mostrou. O que é ser pop, romântico... como se conquista um palco! Como se interpreta uma música com tesão... Meu amigo e mestre, meu ídolo. Que falta vc vai fazer. Muito obrigado meu rei!"
Paulo André, idealizador do Abril Pro Rock:
Gaby Amarantos, cantora, pelo Instagram: "Nem consigo explicar o que estou sentindo, um mix de tristeza com alívio pois quando a gente ama alguém ñ aguenta ver o ser amado sofrendo e este homem na minha opinião é um dos MAIORES artistas do Brasil. [...] . Viva o Brasil que tem orgulho de ser assim 'BREGA' e brega estilo músicas está MUiTo longe do adjetivo por isso hoje eu grito CHEGA dessa injustiça de anos que ocorre com gêneros que nascem do gueto, da perifa, dos becos, chega da ignorância de pessoas que ñ sabem ou se recusam a discernir um do outro. EU SEMPRE VOU TE AMAR REGINALDO, OBRIGADA POR TUDO! #SerBregaÉSerFeliz"
Lirinha, músico, por telefone: "É um dia de muita tristeza para todos nós que trabalhamos com música e que viemos de Pernambuco. O Reginaldo representa muitas conquistas, conseguiu difundir nacionalmente o seu trabalho, uma música muito própria, muito particular, com muitas referências à região em que ele nasceu e cresceu. E ele conseguiu espalhar essa música pelo país. A música dele tinha muita ligação com a alegria, mas hoje eu acordei triste".
Sergio Groissman, apresentador de TV:
Ana Hickman, modelo e apresentadora:
Lula Queiroga, músico, por telefone: Todos nós, em Recife, temos uma ligação muito grande com Reginaldo pelo que ele representou principalmente de 25 anos para cá, depois de "Garçom" e "A raposa e as uvas". Foram músicas simbólicas do que hoje se bate no peito para dizer com orgulho: "Isso é o brega". Antes dele, o brega era relegado, desprezado.
Ele sempre tinha uma história pra contar. E eram sempre histórias incríveis, cheias de riqueza. Foi uma pessoa que usou muito bem seu tempo na Terra. Reginaldo conseguiu ser rei num lugar em que é difícil ser súdito.
Ele foi do do rock, depois virou galã do Silvio Santos e aí começou a gravar as dores de bar, a coisa do corno. Para mim, fica uma imagem de uma pessoa extremamente carinhosa e afetuosa, não só com as pessoas do meio. Ele nunca se negou a ser rei, recebeu de bom grado esse título.
Ana Hickman, modelo e apresentadora:
Banda Calypso, pelo Facebook: Bom, infelizmente estamos aqui para falar de algo muito triste, o falecimento do nosso irmão Reginaldo Rossi. Não perdemos só o grande artista da música popular brasileira, nós da Banda Calypso tínhamos uma relação de amizade muito forte com ele, sempre muito especial e presente em nossas vidas. Mas quem sabe de tudo é Deus e hoje o céu ganhou mais uma grande estrela.
Tico Santa Cruz, cantor, pelo Facebook:
"Figuras emblemáticas de qualquer estilo merecem nosso respeito. O Brega de Reginaldo Rossi sempre foi leve e divertido. Fica esse brega de mal gosto atual e parte mais um artista que marcou sua história na música brasileira. Quando trabalhei como operador de Videokê, ouvi e até cantei sorrindo muitas vezes suas músicas. Luz no seu caminho."
"Figuras emblemáticas de qualquer estilo merecem nosso respeito. O Brega de Reginaldo Rossi sempre foi leve e divertido. Fica esse brega de mal gosto atual e parte mais um artista que marcou sua história na música brasileira. Quando trabalhei como operador de Videokê, ouvi e até cantei sorrindo muitas vezes suas músicas. Luz no seu caminho."