quarta-feira, 4 de abril de 2012

Crise volta a rondar Funcarte

O funcionamento da Fundação Capitania das Artes volta a ser ameaçado com a nova crise que ronda a instituição responsável pela gestão cultural do município. Rumores desencadeados no final da semana passada, sobre o possível pedido de afastamento do presidente Roberto Lima, se intensificaram nos últimos dois dias - e as especulações sobre possíveis nomes cotados para assumir o cargo também. Lima cumpre licença médica de 15 dias, e os trabalhos na Funcarte vêm sendo tocados pela vice-presidente Camila Cascudo.

Aldair DantasRoberto Lima, da FuncarteRoberto Lima, da Funcarte
"Eu só posso dar declarações após conversar com a prefeita Micarla de Sousa. Desde a semana passada que estou querendo uma audiência, mas ela também saiu de licença médica", disse Roberto Lima por telefone. "Se (o encontro) demorar muito, tenho aqui um documento pronto. Mas antes de qualquer decisão definitiva tenho que falar com a prefeita", garantiu o presidente da Funcarte, que trata de problemas no nervo ciático. Além da saúde fragilizada, a falta de apoio municipal na gestão dos problemas da Funcarte está entre os motivos para seu possível pedido de afastamento. 

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o chefe do Gabinete da Prefeitura, Heráclito Noé, para saber se já havia uma data agendada para um encontro entre a prefeita Micarla de Sousa e Roberto Lima, mas Nóe confirmou não haver nada marcado ainda e que Roberto Lima chegou a ligar querendo marcar audiência e que chegou a falar sobre alguns pontos que precisam ser equacionados dentro da Fundação, "mas não existe nenhuma carta com pedido de exoneração, pelo menos não chegou nenhum documento aqui falando disso."

Enquanto isso, nos corredores da Capitania, a saída de Roberto Lima é dada como certa pelos funcionários - porém, ninguém afirma nem confirma nada. Questionada sobre o assunto, a vice-presidente, Camila Cascudo disse apenas que "qualquer pessoa que venha a assumir o cargo deve colocar em prática uma política de austeridade. É preciso cumprir o calendário e realizar o que já está programado, além de evitar que processos fiquem pendentes", resumiu.