quarta-feira, 30 de abril de 2014

Jovens presos são de classe média

Eles são jovens de classe média, viciados em drogas e não tinham ficha na polícia – apesar de pelo menos dois deles terem cometido algum delito enquanto adolescentes. Estudaram ou estudam em escolas particulares, alguns têm empregos, mas optaram pelo mundo do crime. Foi assim que os delegados Herlânio Cruz, Frank Albuquerque e Rossana Pinheiro descreveram os quatro jovens e um adolescente acusados de assaltar uma padaria e matar um policial civil na noite do último domingo,27. “Apesar da educação que receberam da família, eles roubavam para ostentar. Queriam dinheiro para gastar em festas e comprar roupas e outros objetos de valor”, afirmou o delegado Frank Albuquerque.

Para os delegados que investigam o latrocínio, com a revelação dos nomes e exposição das imagens dos acusados, outras vítimas do grupo devem comparecer às delegacias. “Temos certeza que eles efetuaram outros roubos. Os familiares contaram que eles apareciam com dinheiro em casa. Havia a desconfiança dos pais, mas nenhuma certeza quanto a origem do dinheiro”, disse Herlânio Cruz. “Geralmente eles praticam esses crimes para utilizar o dinheiro em consumo de drogas, festas e diversões”, colocou.

Em depoimento à polícia, Gláucio confirmou ter participado do crime, mas negou ter atirado na vítima e alega que quem efetuou os disparos foi o adolescente. Já o menor confirma que quem matou o policial civil foi Gláucio e que “tem a consciência tranquila, pois não matou ninguém” e alegou também que “os outros querem colocar a culpa nele só porque ele é ‘de menor’”.

De acordo com a delegada Rossana Pinheiro, o adolescente está bastante assustado com a repercussão do caso e teme sofrer algum tipo de retaliação. “Mas o medo dele não é da polícia. Ele tem medo dos próprios comparsas”, explicou ela.

O adolescente tem 17 anos, é aluno de uma escola particular na zona Norte de Natal e joga futebol. No Facebook, o rapaz faz parte de uma comunidade relacionada à torcida organizada do América e, na terça-feira da semana passada, dia 22, ou seja, cinco dias antes de participar do latrocínio, postou a seguinte mensagem: “A vida hoje tá (sic) tão banal, por tudo se mata, por tudo se mata!”. 

Crimes
Os quatro homens serão indiciados por latrocínio e corrupção de menor. O grupo está detido no CDP Triagem, em Pirangi, à espera de remoção para uma unidade prisional. O adolescente de 17 anos será autuado por ato infracionário análogo a latrocínio e está recolhido ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciad), na Cidade da Esperança.

tribuna do Norte
 

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