Esperança. É como se chamam os bairros onde
estão localizadas as duas unidades de pronto atendimento que prometem
desafogar os hospitais públicos de Natal e Parnamirim. As UPAs de Cidade
da Esperança e Nova Esperança estão prontas há meses, mas ainda não há data para inauguração.
Quando inauguradas, as duas unidades atenderão, em média, 1,6 mil
pessoas por dia, e diminuirão a fila de espera nos hospitais. A equipe
de reportagem esteve ontem no local e constatou que os prédios,
fechados, já se deterioram.
A de Cidade da Esperança começou a
ser construída há quatro anos, mas ainda precisa passar por uma série de
adequações. A de Nova Esperança, em Parnamirim, foi concluída há pelo
menos seis meses e ainda aguarda os equipamentos.
Os recursos
para aquisição dos equipamentos estão na conta do Estado, mas não tem
data para serem liberados. O secretário de Saúde de Parnamirim, Mário
César, se reunirá esta semana com o secretário estadual de Saúde, Luiz
Roberto Fonseca, para definir os próximos passos.
Estamos
esperando que o governo do Estado compre os equipamentos para iniciarmos
o processo seletivo, afirma Mário Cezar. Esperamos que a unidade seja
inaugurada até junho, mas isso vai depender do tempo necessário para
licitar a aquisição dos equipamentos, acrescenta.
Luiz Roberto
Fonseca, secretário estadual de Saúde, explica que para iniciar o
processo licitatório é preciso que tudo esteja muito articulado entre o
Estado e o Município, para que o Estado não seja penalizado. Segundo
ele, o Estado só pode comprar os equipamentos quando a Prefeitura de
Parnamirim tiver fixado uma data para a inauguração.
A situação
da UPA da Cidade da Esperança é mais complexa. Além de adquirir
equipamentos e realizar concurso para contratar pessoal, é necessário,
segundo a Secretaria de Saúde de Natal, construir um ponto para a
ambulância do Samu, instalar os equipamentos contra incêndio, e
construir rampas de acesso. A equipe de reportagem tentou entrar em
contato com o secretário de saúde para saber que providências estão
sendo tomadas, mas ele não atendeu as ligações.
Enquanto as
UPAs não são inauguradas, os moradores buscam atendimento nos hospitais.
Osmar Castanha do Nascimento, 67, é um deles. Hipertenso, busca
atendimento sempre no Hospital Walfredo Gurgel. Foi para lá que se
dirigiu na última crise. O aposentado chegou a esperar nove horas para
ser atendido e se revolta. Se a UPA estivesse funcionando, eu teria sido
atendido aqui. Ela já está pronta. Só falta funcionar.
A
autônoma Ana Elizabeth, 30, mora ao lado da UPA de Nova Esperança, e
tenta há quatro meses fazer o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS)
para consultar o filho, que é alérgico. Nem no Hospital Deoclécio
Marques a gente consegue atendimento, reclama.
De acordo com o
secretário de Saúde de Parnamirim, Mário Cezar, o atendimento de
urgência e emergência do hospital Deoclécio será desativado quando a UPA
de Nova Esperança for inaugurada. Só não sabemos quando isso ocorrerá,
reconhece.
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